Lixo, o que pode ser feito?
Lixo, o que pode ser feito?

A produção de resíduos é
inerente à condição humana. Cada pessoa produz cerca de 300 quilos por ano e
como um processo inexorável, tornou-se um problema de difícil resposta, que
exige a reeducação e comprometimento do cidadão. O que acontece com o lixo
depois que é jogado na lixeira? O que se faz com as toneladas de lixo recolhido
diariamente?

O tempo que a natureza
leva para decompor alguns dos produtos...
Papel: de 3 a 6 meses;
Pano: de
6 meses a 1 ano;
Filtro de cigarro: 5 anos;
Chiclete: 5 anos;
Madeira
pintada: 13 anos;
Nylon: mais de 30 anos;
Plástico: mais de 100
anos;
Metal: mais de 100 anos;
Borracha: tempo indeterminado;
Vidro: 1
milhão de anos.

 

Não há como não produzir
lixo, mas podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício,
reutilizando sempre que possível e separando os materiais
recicláveis para a coleta seletiva.


O que pode ser feito:

A maior parte do que
jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado. Separando os materiais
que podem ser reciclados, a quantidade de lixo a ser coletado é muito
menor.
Embalagens: ao comprar qualquer produto, não utilize várias embalagens
(caixa + sacolinha + embrulho + sacolão + fitinha + etc). Não desperdice!


Reciclagem – uma
alternativa

Cerca de 50% de
todo material descartado como lixo pode ser recuperado como matéria-prima, sendo
reutilizado na fabricação de um novo produto.
Quando pensamos na questão do
lixo, o mais difícil de equacionar, e o que vai demandar maior pesquisa, é a
destinação. Afinal de que adianta separar se não conhecemos o processo como um
todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa? Há alternativas? O
que fazer com o lixo separado? As alternativas de destinação atuais são
ambientalmente satisfatórias? Como poderia melhorar? O que eu posso fazer? Essas
são as perguntas que precedem qualquer iniciativa relativa a lixo. Elas devem
ser o fio condutor tanto de um trabalho escolar quanto de uma proposta de
logística. Afinal, se queremos participar devemos conhecer a fundo o processo de
nossa cidade. Essas perguntas nos instrumentalizam para a mudança com os pés no
chão.
Não existem respostas universais. Dessa forma, não existe um sistema de
coleta seletiva que possa ser considerado universal e aplicável a toda e
qualquer situação. Cada caso é um caso, cada cidade tem a sua peculiaridade e as
questões condicionantes devem ser minuciosamente estudadas antes de escolhermos
este ou aquele desenho de logística de coleta seletiva.
Precisamos estar
preparados para os 4 fatores: quantidade, qualidade, freqüência e forma de
pagamento; leis de mercado que muitas vezes inviabilizam a continuidade do
programa de coleta seletiva.
No Rio de Janeiro, depois de uma urbanização
promovida pela COMLURB, vieram a funcionar, embaixo de viadutos, as sedes das
Cooperativas de Catadores de Lixo que são 15 no total.
Os Catadores juntam
papel, plástico, alumínio (latas), ferro e vidro preferencialmente, vendendo-os
para os consumidores de lixo selecionado que o usam como matéria prima, como
fábricas de vidro, de latas, de plástico, etc...
Os Catadores só estão
autorizados pela COMLURB a catar o lixo separado que encontram nas calçadas, nos
dias da coleta regular, seguindo logo atrás do caminhão, para evitar que seja
deixado lixo reciclável diariamente nas calçadas.
Isso ajudou por um lado,
mas complicou por outro, pois a população desejosa em colaborar para a
reciclagem de lixo e de separar o lixo para os Catadores Cooperativos, só podem
ajudá-los levando para o viaduto mais próximo o lixo separado. Transportar o seu
lixo reciclável é o que todos os países civilizados fazem, porém o fazem a pé,
já que existem pontos de recolhimento, principalmente de vidro, em cada
esquina.
Atualmente a Cooperativa da Barra consegue juntar 250 toneladas
mensais, com uma meta de recolher 400 toneladas de lixo reciclável. Além disso,
eles estão requisitando doação de carros velhos pois na Barra, devido às longas
distâncias, recolher o lixo reciclável apenas com os carrinhos de mão se faz
quase impossível.
Se você trabalha em um escritório que produz grande
quantidade de lixo papel, por exemplo, ligue para a Cooperativa mais próxima
para ver se é possível combinar uma freqüência de
recolhimento.